Dia Mundial do Rádio: o companheiro que nunca sai do ar

Dia Mundial do Rádio: o companheiro que nunca sai do ar




O Dia Mundial do Rádio é comemorado anualmente em 13 de fevereiro. Com mais de 100 anos de história, o rádio foi desafiado pelo avanço tecnológico a se reinventar. E tem feito isso diariamente. Em 2024, uma pesquisa da Kantar Ibope Media apontou que o rádio é ouvido por 79% da população brasileira, que diariamente acompanha, em média, três horas e 55 minutos de programação radiofônica. Essa proximidade é, talvez, a maior força do rádio. Para celebrar a data, a Rádio Senado preparou uma matéria especial sobre esse fiel companheiro, que segue informando, entretendo e se adaptando ao longo do tempo — sem nunca sair do ar.

Transcrição
A GENTE LIGA O RÁDIO E, EM SEGUNDOS, UMA VOZ CONHECIDA PREENCHE O ESPAÇO. MÚSICA, INFORMAÇÃO, COMPANHIA. NO CARRO, EM CASA, NO CELULAR, ELE ESTÁ SEMPRE LÁ. MAS VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR NA IMPORTÂNCIA DESSE MEIO? ESTA QUINTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO, É O DIA MUNDIAL DO RÁDIO, DATA CRIADA PELA UNESCO PARA CELEBRAR UM DOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO MAIS INFLUENTES E ACESSÍVEIS DO MUNDO. A REPORTAGEM É DE LEILA HERÉDIA. O rádio atravessou guerras, ditaduras, revoluções tecnológicas e, ainda assim, segue firme. Com mais de 100 anos de história, ele soube se reinventar e continua conquistando novos ouvintes, mesmo na era digital, como a Luisa, de Teresina, ouvinte diária do programa Conexão Senado. Bom dia Jeziel, bom dia Adriano. Hoje estou indo para a minha escola nova junto com a Belinha, minha irmã Como forma de reconhecer a importância desse veículo, a Unesco criou o Dia Mundial do Rádio, que é comemorado em todo 13 de fevereiro. Neste ano, a data tem como tema "Rádio e Mudança Climática", destacando o papel educativo e de mobilização do veículo. O professor Luiz Ferraretto, um dos principais pesquisadores do rádio no Brasil, avalia que o assunto não poderia ser mais atual. Ele lembra que durante as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, esse veículo centenário teve papel fundamental: Quando a gente teve as enchentes do ano passado no Rio Grande do Sul, caiu internet, faltou energia elétrica e as pessoas tiveram de recorrer ao bom e velho radinho de pilha, né?  O rádio ocupou o espaço da comunicação governamental, que falhou muito durante a enchente no Rio Grande do Sul. (...) tiveram um papel assim fundamental na ajuda da população, na orientação da população a partir daquele primeiro momento de estupefação com o que estava acontecendo no estado.  Em 2024, uma pesquisa da Kantar Ibope Media apontou que o rádio é ouvido por 79% da população brasileira, que diariamente acompanha, em média, três horas e 55 minutos de programação radiofônica. Essa proximidade é, talvez, a maior força do rádio. Ele entra na casa das pessoas, acompanha a rotina e, em momentos de crise, se torna um refúgio. Foi assim nas enchentes do Rio Grande do Sul, mas também na pandemia, quando as emissoras garantiram informações confiáveis e ajudaram a combater a solidão. O poder do rádio, não só para informação, para o entretenimento, mas como companheiro das pessoas no dia a dia, quebrando essas imensas solidões que existem nas grandes cidades, cada vez mais grandes, cada vez mais opressivas. Diariamente, a Rádio Senado recebe dezenas de mensagens de ouvintes de todo o Brasil, como a do Leandro, do Ceará, o Tabico, de Maceió, e a Vanda, do Povoado Limão Centro Novo, no Maranhão. Mesmo com todas as transformações, o rádio não exige internet veloz, nem tela. Ele chega onde outros meios não alcançam. Em comunidades ribeirinhas, no sertão, na periferia... Muitas vezes é a única fonte de informação. E isso faz do rádio um instrumento fundamental para a cidadania. O rádio continua sendo um meio super importante. E é um meio que ele acabou assimilando características de outros, né?  O rádio na sua essência era som mas hoje ele também é imagem, é texto, ele não é só a transmissão por ondas eletromagnéticas tradicionais, né?  Da estação para o radinho, né?  É ele, é também via internet. E ele precisa ser uma luta pela inclusão de todas e todos no processo comunicacional na luta contra a desinformação. E o futuro do rádio? Especialistas garantem que ele está longe de ser um meio do passado. Podcasts, transmissões ao vivo, interatividade pelas redes sociais… O rádio hoje é multimídia. Ao longo dos seus 28 anos de existência, a Rádio Senado vem se adaptando para oferecer o melhor para os seus ouvintes e para as 4.500 rádios parceiras. A coordenadora de Distribuição, Fernanda Nardelli, explica que esta evolução não é apenas tecnológica, mas também de hábito das pessoas: O que o rádio mantém é a essência dele, é a interação, é a intimidade com os ouvintes. É a prestação de serviço. É isso que define o rádio e que faz com que ele resista, que ele evolua na comunicação. A Rádio Senado está sempre atenta a isso. Então, a gente trabalha para que o nosso conteúdo chegue cada vez mais longe. Seja pelo rádio de pilha, seja pela parceria que a gente tem com mais de 4.500 emissoras espalhadas pelo país. A rede Rádio Senado está presente em dezoito capitais do País e tem seus programas veiculados por milhares emissoras por meio do serviço de Radioagência. Além disso, nossos contéudos estão disponíveis para serem ouvidos e baixados gratuitamente em senado.leg.br/radio. Da Rádio Senado, Leila Herédia.

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